Fiz roupa velha :)

Ontem, quando estava a servir o almoço, esqueci-me completamente dos bróculos cozidos a vapor. Nem sei muito bem como é que aquilo aconteceu; bem me tinha parecido que faltava qualquer coisa verde, mas só me apercebi do erro no fim do almoço. Que fazer? Para o jantar, uma "quase roupa velha", pois claro! Uma vez que não tinha bacalhau, tive de improvisar.

Bróculos cozidos q.b.
Batatas cozidas q.b.
1 cebola
1 dente de alho
1 saca de miolo de camarão
azeite, sal e pimenta

Comecei por saltear a cebola às rodelas, o alho picado e o miolo de camarão em três colheres de sopa de azeite. Quando o camarão estava quase cozido, juntei as batatas e os bróculos partidos grosseiramente. Envolvi tudo, deixei fritar ligeiramente, verifiquei o sal e a pimenta e servi bem quente. Um bom resultado final.

Bom apetite! :)

Uma açorda para desenrascar

Mais uma vez, esqueci-me de congelar o pão do dia. Como ficaram 3 pães de mistura esquecidos no fundo do cesto durante uma semana, já nem serviam para fazer torradas. Que fazer? Improvisar, claro está. A muito custo lá avisei o meu homem que o almoço ia ser açorda de peixe. Já tinha tentado imitar a que a minha Avó fazia, mas as experiências tinham corrido sempre mal, e o marido lembrava-se. Seja como for, o pãozinho não podia ir para o lixo. O rapaz torceu o nariz, reclamou, resmungou baixinho, mas comeu... e repetiu. :)  Finalmente, Avó, fiz jus à tua açorda! :)

Ingredientes
3 postas de pescada
3 pães duros
1 cebola
3 dentes de alho
3 colheres de sopa de polpa de tomate
3 colheres de sopa de vinho branco
salsa picada
azeite, sal e pimenta q.b.

Coze-se o peixe em água, sal e pimenta. Retira-se o peixe e limpa-se de peles e espinhas. Parte-se o pão e põe-se a ensopar na água de cozer o peixe. À parte, aloura-se a cebola picada em azeite, acrescenta-se o tomate, o peixe desfiado, o vinho, o alho picado e o pão e deixa-se ferver. Se estiver muito seco, deita-se mais água. Rectificam-se os temperos. Deixa-se levantar fervura e acrescenta-se um punhado de salsa picada, mexendo muito bem. Retira-se do lume e deita-se um fio de azeite. Polvilha-se com salsa picada antes de servir.

Bom apetite! :)

Cheesecake de limão e frutos vermelhos

O meu homem adora cheesecake, não necessariamente o que eu faço, mas tudo o que seja semi frio com frutos vermelhos, é um petisco que o deixa a salivar. Já tinha tentado fazer várias receitas, mas nunca me tinha corrido de uma maneira minimamente aceitável. Ontem experimentei mais uma variação e o resultado foi  a receita que se segue. O resultado, segundo o provador oficial cá de casa: aprovadíssimo! :)


Ingredientes:
500g de queijo creme
3 ovos
250g de açúcar
sumo de 3 limões
2 colheres de sopa bem cheias de manteiga
200g de bolachas digestivas
1 pitada de sal
 175g de frutos vermelhos congelados

Tritura-se muito bem as bolachas e junta-se a manteiga derretida. Mexe-se e cobre-se o fundo de uma tarteira de fundo amovível. Põe-se no frigorífico enquanto se prepara o recheio. À parte junta-se o queijo creme, os ovos, 150g de açúcar, a pitada de sal e o sumo de 2 limões. Bate-se muito bem e deita-se por cima do preparado anterior. Vai ao forno a 180º cerca de 45 minutos, coberto com uma folha de papel vegetal para não queimar. Depois de cozido, deixa-se arrefecer e vai ao frigorífico. Deita-se num tacho os frutos vermelhos congelados, 100g de açúcar e o sumo de 1 limão e deixa-se ferver até ganhar um ponto leve. Depois de arrefecer, deita-se este molho por cima do cheesecake. Vai novamente ao frigorífico.

Bom apetite! :)

A Páscoa já passou

No outro dia apeteceu-me fazer um folar caseiro. Deu-me na telha e lá experimentei. Afinal de contas, estávamos na Páscoa. :) Estive indecisa se haveria de fazer um folar doce ou um folar salgado à moda trasmontana. Como já era tarde e a minha veia doce não estava propriamente a latejar, aventurei-me a improvisar um folar com carne. Pesquisei na net meia dúzia de receitas e o compilei-as para sair um resultado aceitável. Cá vai a receita. :)

Ingredientes:
4 ovos
335g de farinha de trigo T65
4 colheres de sopa de azeite
1 colher de sopa de fermento seco
50g de margarina
1 colher de sopa bem cheia de açúcar
sal q.b.
carnes a gosto para rechear (eu usei bacon, fiambre e chourição)

Na cuba da máquina de fazer pão pus os ovos, a margarina amolecida, o azeite, a farinha, o sal, o açúcar e o fermento. Liguei a máquina no ciclo para fazer massa. Quando o ciclo acabou, deixei a massa a levedar dentro da máquina cerca de uma hora. No fim deste tempo, retirei-a e estendi a massa na banca polvinhada de farinha. Dividi a massa em dois e coloquei os vários tipos de carne entre as duas partes. Deixei levedar mais uma hora num sítio morno e levei ao forno a 175ºC cerca de 45 minutos, até estar cozido. E pronto, um folar quentinho a sair do forno que se foi num piscar de olhos. :)

Bom apetite!

Uma tarte de peru e feijão verde

Ontem à noite apetecia-me comer uma tarte de carne de vaca e cogumelos, típica da Inglaterra, mas não tinha ingredientes em casa. Abri o frigorífico e inspirei-me na hora para fazer esta tarte ligeiramente ácida. Uma experiência a repetir. :)

Ingredientes:
uma tijela de peito de peru aos cubos
uma tijela de feijão verde congelado
1 pacote de natas de soja
2 cebolas médias
2 dentes de alho
meio copo de vinho branco
4 rodelas de chouriço
1 base de massa folhada
azeite, sal e pimenta q.b.

Numa frigideira deitei as cebolas cortadas às rodelas, os alhos picados e o peru e deixei fritar num bocadinho de azeite. Acrescentei o vinho, o feijão verde, as natas, temperei com sal e pimenta e deixei cozinhar em lume brando durante 10 minutos, mexendo de vez em quando. Quando o molho engrossou, acrescentei o chouriço partido aos pedacinhos pequenos e envolvi tudo muito bem. Retirei do lume. Estendi a massa folhada numa forma de tarte de fundo amovível, piquei-o com um garfo e deitei o preparado anterior. Retirei os excessos de massa e pu-los por cima a enfeitar. Meti no forno previamente aquecido a 175ºC até a massa estar cozida e servi com uma salada.

Bom apetite!

O leite creme da Avó Rosa

No fim de semana aventurei-me a fazer leite creme à moda da minha Avó. Apesar de ter usado a mesma receita, o resultado ficou ligeiramente aquém do esperado, provavelmente porque me falta a prática de anos e anos a fazer doçaria tradicional.

Ingredientes:
1 litro de leite gordo
200 gramas (bem pesados) de açúcar
4 gemas
2 colheres de sopa bem cheias de amido de milho
1 pitada de sal
1 pau de figueira
1 casca grande de limão
1 cálice de vinho do Porto
leite meio gordo q.b.
açúcar para queimar

Modo de preparação:
Num tacho de cobre deita-se o leite gordo, o açúcar, as gemas batidas e passadas pelo coador, o sal, o amido de milho previamente dissolvido em leite e o pau de figueira. Leva-se ao lume e mexe-se sempre com os mesmos movimentos e com uma velocidade constante. Quando este preparado estiver quente, deita-se a casca de limão. Deixa-se levantar fervura e retira-se do lume, sem deixar de mexer. Retira-se a casca de limão e o pau de figueira. Depois de arrefecer ligeiramente, deitar duas ou três colheres deste creme numa tigela, adicionar o vinho do Porto e verificar se o creme não talha. Caso se mantenha numa fase, acrescenta-se o conteúdo da tigela ao tacho. Deita-se em pratos de servir e deixa-se arrefecer. Na altura de servir, polvilha-se com açúcar e queima-se com um ferro bem quente.

Infelizmente comeu-se tudo antes de tirar uma fotografia. Da próxima vez que fizer, tiro uma para pôr aqui. Bom apetite!

Salada grega

Os dias já começam a aquecer. Sabe bem debicar uns amendoins e beber uma cervejinha bem fresca enquanto se apanham os primeiros raios de sol da Primavera. Para o jantar sabe bem comer um peixe grelhado só com sal e limão, acompanhado de uma salada grega.

 Na salada parto um pepino e dois tomates aos cubos, deito um dente de alho esmagado, um quarto de cebola picado e azeitonas pretas descaroçadas. Tempero com sal, pimenta, azeite, vinagre, sumo de limão e queijo feta esmagado. Uma salada fresquinha para uma refeição mais leve. Bom apetite! :)

Folhadinhos de carne

A minha Avó fazia um picado de carne que era de chorar por mais. Geralmente usava-o para rechear rissóis ou para fazer um empadão de carne. Pois bem, aproveitando o que ela me ensinou, usei as sobras do cozido à portuguesa, típico do domingo gordo cá em casa, para fazer uns petisquinhos de massa folhada.

Piquei a carne variada que tinha cozido: frango, porco, vaca, chouriço de carne, bacon, presunto e costela (depois de desossar). A carne depois de picada tinha cerca de um quilo. Num tacho piquei uma cebola média, quatro ou cinco dentes de alho e deixei fritar numa quantidade generosa de azeite. Juntei a carne picada, salsa picada, azeitonas pretas descaroçadas e cortadas finamente e temperei com sal e pimenta. Retirei a mistura do lume. À parte forrei algumas forminhas com massa folhada e recheei com o preparado anterior. Levei ao forno médio/alto até cozer a massa folhada. E pronto, uns folhadinhos de carne deliciosos! :)

Bom apetite!

Eu não gosto de côco

O côco ralado faz-me impressão ao trincar. Manias! Se bem que o sabor não é nada mau. No outro dia comprei leite de côco para fazer um frango de caril. Como sobrou algum e não sabia quanto tempo se aguentava numa lata aberta no frigorífico, resolvi experimentar fazer um pudim. Na despensa não tinha muita coisa, mas sempre deu para desenrascar qualquer coisinha.

Usei cinco ovos, uma lata de leite condensado cozido, o resto do leite de côco, leite, sal e caramelo.

Misturei os ovos inteiros, a lata de leite condensado cozido, a mesma medida da lata de leite de côco (como não chegava, deitei leite para fazer a medida), uma pitada de sal e passei tudo com a varinha mágica. Untei uma forma de pudim de caramelo, deitei a mistura lá dentro e cozi cerca de 45 minutos no vapor (porque não me apetecia fazer um banho maria). Desenformei depois de frio e o resultado saiu fantástico. Infelizmente não tirei nenhuma fotografia. Da próxima vez que fizer (e depois da experiência, vai haver próxima vez de certeza) tiro uma para pôr aqui.

Bom apetite!